Foi um dia em que o abraço fraterno teve a primazia. Dia em que a poesia não reclama de quem não declama. Até porque ela está em tudo. Na noite de 17 de Dezembro, esse foi o clima proporcionado pelos amigos do Poveb que compareceram à Ciranda de Natal – o Poveb 95 –, realizada no restaurante ClubMix.

Anotam-se as presenças de D. Carmela Mangia, mãe da coordenadora Mariangela Mangia, Messody Benoliel, Heloisa Igreja, Lydia Simonato, Maria do Carmo Bomfim, Angela Regina, Rinaldo Leite, Rafael Poubel, Jorge Piri e sua filha Rachel, Luiz Teles, Paulo Siqueira, Mariana Freitas, José Medeiros, Lahide Alves, Marcos Araújo e Shirley, cuidadora da D. Carmela.

“Apesar dos poucos nomes, o que nos permitiu mencioná-los aqui, foi grande a carga emotiva. Comprovando a dúvida que sempre temos quanto ao excesso. O muito nem sempre significa tudo”, declara o também coordenador Aluizio Rezende. Segundo ele, o tudo pode ser o trabalho que Jorge Piri e sua filha Rachel trouxeram especialmente de Niterói naquela noite chuvosa. Um texto irrepreensível acompanhando pela sonoridade delicada da voz da Rachel. Já o muito pode ser o poema ‘O monólogo das mãos’, de Guiseppe Ghiaroni, magnificamente interpretado por José Medeiros.

A canção em francês na voz de Messody Benoliel, os poemas irônicos do Rinaldo Leite, a riqueza das aliterações de Paulo Siqueira também foram momentos marcantes, e o restante ficou por conta do papo livre e descontraído, próprio dos que chegam ao fim do ano com a sensação do dever cumprido do ponto de vista da arte, da cultura e da poesia.

“O Poveb é decididamente um movimento doméstico, não comparável aos de longo curso. Mas sabe que voando baixo, desde que com os instrumentos necessários – os poetas que nos frequentam, nos curtem ou nos procuram –, também se chega ao destino. Bom Natal e um Ano Novo melhor para todos. Agradecemos aos que estiveram com a gente naquela noite”, finaliza.